quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Diário de uma amigdalactomia 3.

Apareceu meu irmão com a blusa do flamengo e um monte de potes de sorvete, e a minha salvação, ele levou o meu notebook. Serviu comigo por um tempo, eu estava muito fraca.

A noite eu ficava acordando o tempo todo. Quando clareou, o médico foi me ver, me deu uma lista de exigências (como não falar, não fazer esforços, o que eu podia comer), falou que eu ia ter alta, que eu tava bem, que em compensação a outra guria tava sangrando muito o tempo todo.

Pra sair do hospital foi outra complicação. Eu já estava enjoada já que tava tomando remédio de barriga vazia, fiquei mais ainda quando levantei já que tinha passado o dia todo deitada.
Parecia uma velha passando pelo hospital sendo segurada pelo meu pai, e todo mundo olhava pra mim.

Vim pra casa e a primeira coisa que fiz foi deitar no sofá e dormir. Dormi que nem uma pedra, me falaram que telefone tocou, que as vezes passava alguém que não sabia que eu tava deitada ali falando alto, e eu nem fazia um movimento. É bom poder dormir em casa, mesmo sendo no sofá.
Saí do sofá pra quase nada, ainda mais que me deram meu notebook com a internet.

De madrugada fiquei meu desesperada por que acho que me engasguei com a linha dos pontos, tive ânsia de vomito o que doeu muito, e só passou depois que pedi água pro meu irmão. Ele pegou a água, me deu e fez uma piada e eu acabei rindo, mas como eu não tava conseguindo respirar direito nem falar meu riso ficou parecido com o mutley, que fez a gente rir mais ainda.

Aí você vira pra mim e pergunta, "Nossa Ori, como você teve coragem pra fazer isso?" Pra ser sincera, quando eu fui fazer a cirurgia eu não sabia que iria ser tão intenso, mas com toda a sinceridade eu faria tudo de novo. Hoje em dia eu posso afirmar que voltei a ter uma vida normal. Fui pro carnaval, peguei chuva, bebi gelado, gritei, fui no show do Paul McCartney, fiquei na casa do meu irmão que a poeira era vista como terceira pessoa, fui a praia, o inverno chegou eu não fiquei doente, fui a sana no inverno, caí na água gelada da cachoeira, fiquei com roupa molhada e não fiquei doente (uma tossezinha de leve, mas foi válida!).

Agora sim eu posso afirmar que eu posso viver sem me preocupar em ficar doente.

5 comentários:

Andrei Fernandes disse...

Uau, que barra. Geralmente sou frio pra qualquer coisa relacionadaa corpo humano, sangue e etc... Com exceção de mim mesmo. Ficaria muito incomodado.

infinito particular disse...

Olha, mas valeu a pena hein!

Ricardo disse...

Adeus amígdalas! o/

Anônimo disse...

Nossa que barra hein pequena Ore?
Você é mesmo uma grande mulher e corajosa parabéns e siga assim com muita saúde... beijosss ...Suzana ...

orii disse...

aaah que linda, obrigada *-*
aparece mais mulher!
beijããão

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