segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Rock in Rio 2013 - 20.09.2013

Eu fui, rá.
O resumo:

Não peguei engarrafamento nenhum na ida, correu tudo bem. Almocei no Spoletto, coisa que não fazia a séculos e percebi que eu prefiro a Spoletta de São Pedro haha. Cheguei no portão consegui um jeito de entrar mais rápido. Não devo ter demorado mais de 20 minutos pra entrar. Fiz um erro de começo: enfrentei uma fila de 2 horas pra um vídeo tosco e uma pulseira que pisca porque o pai de uma amiga minha queria a pulseira. Vi uma banda tocando Beatles e não pude ficar, uma pena. Conheci um cara de Pernambuco SUPER gente boa, e um do rio que é médico, SUPER gente boa também, mas o que tem de gente boa tem de implicante haha. Assisti o show do Donavon, que até hoje não sei falar o sobrenome, e ele é incrível, a voz dele é tão gostosa de ouvir quanto as gravadas em estúdio. Assisti Frejat e foi tão maravilhoso quanto o show do barão que eu fui no começo do ano. Ele fez a jogada perfeita que é só cantar música conhecida, e sinceramente, gritar junto com outras pessoas me fez arrepiar toda! Vi o show do Matchbox 20 e foi muito ruim! Me desculpa quem gosta, mas não é meu estilo e acabei passando a maior parte do show sentada. Vi o Show do Nickelback e me senti uma garota de 12 anos de novo cantando as músicas deles com a porta do quarto fechada, foi uma nostalgia extremamente gostosa de sentir. Destruí meu ombro de tanto que eu pulei com a minha mochila me puxando pra baixo. Vi Bon Jovi e foi um completo paradoxo. Eu não fui ver O Bon Jovi, por que eu sabia que ele não cantava como antes, mas foi extremamente incrível cantar muito alto as músicas que eu adoro com um monte de gente cantando mais alto ainda de chega doer um pouco o ouvido. Conheci pessoas novas, me encantei com fogos de artifício, primeira vez que vou a um show de grande porte, não tive nenhum problema...conclusão? Eu estou muito feliz! Obrigada Puam :3




































sexta-feira, 28 de junho de 2013

28/06

Sabe quando pinga a última gota no copo d’água? E não aguenta mais?

Era aparentemente mais um dia normal. Acordei, me arrumei e fui ao hospital. Como sempre, trabalhei o máximo pra poder dar uma noite de maior conforto aos pacientes, sorri, fiz piadas, conversei, ouvi seus desabafos, e como todos os outros dias, fui guardando todas essas angústias. Como todos os outros dias eu peguei minha mochila, coloquei meu fone de ouvido e fui pra casa. Por ironia do destino, começou a tocar Fix you – Coldplay.
“When you try your best, but you don't succeed. When you get what you want, but not what you need. When you feel so tired, but you can't sleep.”
Foi a minha gota d’água. Lembrei de cada paciente que eu não pude ajudar, lembrei de cada mãe desesperada pedindo pra cuidar do seu filho, lembrei de cada pai com saudade dos filhos. Tantas histórias, tantas tristezas.
“And the tears come streaming down your face. When you lose something you can't replace.”
Comecei a chorar na rua. Nunca senti tantas lágrimas descendo tão facilmente. Nunca senti um vazio tão grande dentro de mim. Eu não resisti, não fui pra casa, não aquele dia. Virei uma rua diferente e fui pra casa dele. Cheguei na porta, com um pouco de indecisão, sequei minhas lágrimas e tentei parecer o mais normal possível. Ele abriu a porta, e na hora que ele viu meus olhos eu não aguentei um segundo daquela falsa força que eu estava tentando vestir.
“Lights will guide you home and ignite your bones. And I will try, to fix you.”
Ele me abraçou e não me largou um segundo. Fechou a porta e me levou ao quarto. Conseguia ouvir o coração dele bater rápido, desesperado. Desligou a luz e deitou comigo sem largar de mim um segundo.
“Eu estou suja.”
“Não me importo.”
E me abraçou mais forte. Descobri que eu estava gelada, que antes eu tava com frio mas não sentia nada. Descobri que finalmente estava começando a ficar em paz. Eu não queria fechar os olhos, queria ficar daquele jeito a noite toda. A vida toda.
“Tears stream down your face, I promise you I will learn from my mistakes”
E vencida pelo cansaço meus olhos se fecharam sem eu perceber, e mergulhei em um sono profundo. Não sonhei com nada, acordei como se não tivesse passado um segundo, mas acordei descansada, um sentimento que a muito tempo eu não sentia.

E finalmente não me senti sozinha.