terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Estrelas

"E apesar dessa minha insistência em não querer acreditar por medo de sofrer depois,não há jeito: a minha alma está dando flores, de pura esperança."

Andamos na rua. Minhas mãos entrelaçadas com as dele me davam aquela sensação gostosa de segurança, de não estar só.
Como costume, olho pra cima pra observar as estrelas. Uma mania velha minha que acabou se intensificando quando fiquei mais perto dele, já que ele tinha a mesma mania. Logo encontrei algumas constelações que eu gosto (mentira, são só 2), e de resto fiquei tentando criar imagens com as estrelas. Meu sonho ainda é entender essa tal de ursa maior.
Nessa viagem na minha própria cabeça eu percebi ele parar e me puxar. Suas mãos vieram no meu rosto e me puxaram mais pra perto.
-Linda. - Disse ele bem baixinho. Como se quisesse que ninguém ouvisse, sendo que só tinha nós dois na rua.
Depois me deu um beijo calmo, intensamente calmo. Debaixo daquelas estrelas que eu tanto admirava, creio eu que naquela noite elas admiravam nós dois.