quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

22/12

Sabe..sempre achei que olhares definiam muito as pessoas. Por mais que alguém conseguisse fingir, o tempo que for, ainda tem algo em algum lugar nos olhos que fica diferente, e eu não sei como eu consigo perceber isso, apenas consigo.

E eu percebo que quanto mais eu vou envelhecendo, e quanto mais eu vou vendo coisas inacreditáveis, mais aquele brilho de inocencia vai sumindo dos meus próprios olhos. É me vendo no espelho todos os dias, e percebendo que tem algo estranho, porque eu me lembro de uma inocência que a pouco tempo estava ali...mas que hoje está quase apagada.

E são pequenos momentos que me faz reviver essa inocencia.

É um dia sem preocupações, um dia na praça, na praia, um dia fazendo compras, um dia observando as pessoas indo e vindo, se despedindo e se reencontrando em uma rodoviária. É um sentimento correspondido, aquele sorriso que você queria ver, aquele abraço caloroso e demorado, e aquele beijo. É uma amizade verdadeira, aquele olhar que diz mais que palavras, aquele riso contagiante e aquele entendimento de tudo. É alguém pra confiar, contar aqueles segredos, saber que tem aquele refúgio, saber que é só ouvir aquela voz e tudo se concerta

...é tudo em uma pessoa só.

E qual a necessidade de deixar que aquele brilho suma dos olhos das pessoas? Não sei o quão bom é ver o reencontro de olhares de dois apaixonados. A felicidade no olhar de uma criança ao ver um brinquedo. A saudade gostosa nos olhos da velhinha quando conta longas e detalhadas histórias.

Mas o melhor é ver que o brilho nos olhos da pessoa é por você.

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