quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

22/12

Sabe..sempre achei que olhares definiam muito as pessoas. Por mais que alguém conseguisse fingir, o tempo que for, ainda tem algo em algum lugar nos olhos que fica diferente, e eu não sei como eu consigo perceber isso, apenas consigo.

E eu percebo que quanto mais eu vou envelhecendo, e quanto mais eu vou vendo coisas inacreditáveis, mais aquele brilho de inocencia vai sumindo dos meus próprios olhos. É me vendo no espelho todos os dias, e percebendo que tem algo estranho, porque eu me lembro de uma inocência que a pouco tempo estava ali...mas que hoje está quase apagada.

E são pequenos momentos que me faz reviver essa inocencia.

É um dia sem preocupações, um dia na praça, na praia, um dia fazendo compras, um dia observando as pessoas indo e vindo, se despedindo e se reencontrando em uma rodoviária. É um sentimento correspondido, aquele sorriso que você queria ver, aquele abraço caloroso e demorado, e aquele beijo. É uma amizade verdadeira, aquele olhar que diz mais que palavras, aquele riso contagiante e aquele entendimento de tudo. É alguém pra confiar, contar aqueles segredos, saber que tem aquele refúgio, saber que é só ouvir aquela voz e tudo se concerta

...é tudo em uma pessoa só.

E qual a necessidade de deixar que aquele brilho suma dos olhos das pessoas? Não sei o quão bom é ver o reencontro de olhares de dois apaixonados. A felicidade no olhar de uma criança ao ver um brinquedo. A saudade gostosa nos olhos da velhinha quando conta longas e detalhadas histórias.

Mas o melhor é ver que o brilho nos olhos da pessoa é por você.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Cenas de filmes

“- Como se sente esta noite minha querida?
- Ótima. Mas gostaria que não me chamasse de minha querida.
- Por quê?
- É assim que meu pai chama minha mãe quando está zangado.
- Como posso chamá-la, então?
- Bem, deixe-me pensar… Lizzie para todos os dias. Minha Pérola para os domingos e Deusa Divina, mas só em ocasiões muito especiais.
- E como devo chamá-la quando estiver zangado? Sra. Darcy?
- Não… não. Só pode me chamar de Sra. Darcy quando estiver totalmente, profundamente e absurdamente feliz.
- Como se sente esta noite… Sra. Darcy?
Um beijo na testa
- Sra. Darcy.
Um beijo na orelha.
- Sra. Darcy.
Um beijo no nariz.
- Sra. Darcy.
Um beijo na boca.”

Orgulho e Preconceito (Final alternativo) - http://endless-dark.com/liege/?p=197

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1.Romeu: Ri da cicatriz quem nunca foi ferido.
Silêncio! Que luz surge na janela?
Ela é o leste, e Julieta é o sol.
Ergue-te, belo sol, e mata a lua
Invejosa, pálida e doente de tristeza
Por seres, sua vestal, mais bela que ela.
Já que te inveja, não a sirvas mais;
Verdes e doentias são as vestes
Dos que a servem e só tolos mortais
As usam. Sejam, pois, longe atiradas.
É a minha donzela! O’! É minha amada!

Julieta: Como chegaste aqui, e para quê?
Altos são os muros do jardim, bem vês.
E são também difíceis de escalar.
Este lugar é a morte, se és quem és,
Meus parentes vindo aqui a te encontrar.
Romeu: Subi com as asas leves do amor.
Amor que a pedra dura não cerceia.
Pois faz o amor tudo o que ousa querer.
Parentes teus não podem me conter.

Julieta: Cobre-me a face a máscara noturna,
E esconde o virginal rubor que a tinge,
Ao pensar eu no que ainda agora ouviste.

Romeu: Donzela, juro pela lua bendita,
Que pinga prata em ramos, frutos, flor–
Julieta: Não, não jures pela inconstante lua,
Que mensalmente muda a órbita sua,
Ou mudará assim, também, o teu amor

Romeo & Juliet

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“Não te amo como se fosses rosa de sal,
topázio, ou flechas de cravos que atiram chamas.
Te amo como se amam certas coisas escuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.
Eu te amo sem saber como, nem quando e nem onde.
Te amo simplesmente,
sem complicações nem orgulho.
Assim te amo porque não conheço outra maneira.
Tão profundamente
que a tua mão no meu peito é a minha.
Tão profundamente
que quando fecho os olhos, contigo eu sonho.
É assim que te amo
e nada mais me importa.”