quinta-feira, 29 de julho de 2010

29/07

Sua voz me guia na escuridão.

Quando acho que tudo está perdido, de repente de algum lugar eu ouço sua voz, cantando minha música preferida.

Primeiro sua voz estava leve, calma e baixa. Acalmou meu coração, diminuiu meu desespero.

Depois sua voz ficou encantadora, tentadora. Me fez esquecer os problemas e me embalou na canção. Fiquei com vontade de cantar junto, mas por mais que minha voz fosse afinada não iria ser tão envolvente. Preferia apenas fechar os olhos e ouvir.

De repente sua voz ficou grave, desejosa, urgente. Cada palavra era dita com força, como todo aquele desejo imposto. As palavras faziam sentido e ficavam mais claras. Sentindo aquela sensação de compreensão.

No canto do quarto sento e começo a entender porque ouço sua voz, que num momento inesperado me faz sentir conforto e felicidade momentânea, porque infelizmente nada dura para sempre. É como uma mensagem pra me confortar nas horas em que ando tão down.

Uma melodia que te dá tudo que você poderia desejar! Mesmo que por pouco tempo no relógio, mas pra eternidade na consciência! Uma mensagem de conforto para abrir seus olhos e te mostrar que o escuro que você vê não é nada, ou que nada pode se comparar diante de tanta coisa que está por vir.

Acompanhando a letra, mesmo tão ocupada, mudando de assunto! Para alguém que um dia você espera aparecer na sua frente, pra lhe dizer segure minha mão, eu sou o teu porto seguro! Pode caminhar diante do abismo de olhos fechados, porque antes que caia, estarei por perto para apartar tua queda! E se cair-te, te levantarei imediatamente!

E no clímax dos meus sonhos em nossas veias, em nossos olhos, os círculos do medo, Eu apego-me a você tão frio tão brilhante. De faces imóveis, paradas na inutilidade, na pálida tristeza eu fico seguro e calmo!

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Comecei o texto e ele foi finalizado pelo nada mais nada menos Eric Pherson, vulgo Kabum. ( http://toquedomal.blogspot.com/ )

Ênfase em uma frase que grudou: "...que o escuro que você vê não é nada, ou que nada pode se comparar diante de tanta coisa que está por vir."

Ouvindo enoluquecidamente "Moon On The Water (full Moon Sway) - Beck" e "Angels - Jack Johnson"

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Já fui

(texto velho)

Já fui mais sorridente, já fui mais segura, já fui mais besta, já fui mais paciente, já fui mais calma, já fui muito tímida. Já fui trabalhadora, já fui princesa, já fui anjo, já fui peste, já fui loira, ruiva, morena, já fui do norte, do norteste, do sudeste. Já chorei, já ri, já fiz poesia, já magooei. Já amei, já odiei, já corri e rodopiei no meio de um shopping como criança. Já cantei no meio da praça, já tomei caldo na praia. Já disse que te amo, já disse que te odeio. Já fiz pedido pra lua, já me contentei com o calor do sol na falta do seu abraço. Já quis te esquecer.

Hoje só quero ser tua.

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

22/07

Os dois sentaram na grama, como se fosse o melhor lugar do parque. Lá podia-se ver tudo e ninguém conseguia enxergá-los. Ela olhava constantemente pro horizonte alaranjado como se de lá conseguisse uma resposta. E ele distraído como sempre, com a coca cola na mão observava as formigas passearem perto dos seus pés.

- Eu sou estranha. - Disse ela.

Ele a olhou atentamente tentando decifrá-la, mas como sempre seu sorriso estava intacto , mas seus olhos estavam vazios.

- Por que acha isso? - Ele falou.

Uma lágrima forçou a correr os olhos dela, mas ela não queria parecer fraca.

- Gosto de quem não me quer, e machuco quem eu gosto. Como se eu fosse predestinada
a ficar sozinha.

Ele não sabia se ficava triste pela declaração óbvia de que ela não gostava dele ou se ficava feliz por ela confiar tanto nele pra dizer essas coisas.

- Isso não é ser estranha, isso é ser humana. Do mesmo jeito que quem eu gosto não me quer.

Ela o encarou pela primeira vez desde o começo da conversa. Olhar nos olhos dele fazia com que os seus problemas sumissem, e ela queria que eles ficassem constantes naquele momento na sua cabeça, pra poder descobrir tudo.

- Como é essa garota? - Ela falou numa voz quase inaudível.

Ele se assustou de início, mas logo voltou a sorrir pensando se valeria a pena ser sincero ou não.

- Ela é doce. - Ele falou pausadamente - Sempre foi muito alegre. Mas é uma alegria incomum, é contagiante. Ela é linda, pelo menos aos meus olhos. Tem uma pele macia, tentadora a ser tocada. É tão desastrada quanto eu. A voz dela pra mim soa como música. É delicada, mas ao mesmo tempo forte. O que me intriga apenas são seus olhos, que nem sempre entra em conjunto com seus sorrisos.

Sem perceber ela desviou o olhar. Seria ela? Ela lembrou que ele tanto perguntava o porque daqueles olhos tristes. Como isso era possível? Por que ele nunca demonstrou?

- Mas deixando de falar dela, como é o seu?

Por onde começar? O que falar? Até que veio uma idéia. Segurou discretamente as mãos dele ainda olhando pra baixo.

- Ele tem uma brabeza engraçada. - Ela sentiu ele apertar a mão dela - Sempre que chega perto de mim, parece que vigia todos os próprios passos para não me machucar ou algo parecido. - Ela olhou o rosto dele que tanto parecia surpreso como feliz, indicando que realmente era ela. - Ele tem uma beleza incomum, uma beleza que se destaca. Tem um sorriso lindo, que me cura. - Ele segurou o rosto dela. - Ele tem um poder incrível sobre o meu humor e meu pensamento.

Houve um silêncio.

- Mas o que me incomoda é o porque que eu sempre achei que ele não me notava.

- Impossível não te notar. - Ele disse antes de beijá-la.

Ela tinha se esquecido como era se apaixonar, e aquela sensação lhe preenchia de um modo que faria tudo pra ficar daquele jeito pra sempre.

Depois do beijo ele distanciou e esperou ansiosamente ela abrir os olhos. Quando ela abriu ele percebeu que aquela solidão escondida havia sumido, e ele acabara conhecendo um novo olhar. Um olhar de amor.

PS1 : Tem coisas que eu não sei descrever, tem coisas que eu não descrevi bem, mas o que importa é que eu tentei.

PS2 : Para os chatos fofoqueiros, isso é ficção. (aproveita agora e vai cuidar da sua vida)

PS3 : Esqueci de escrever no outro post, mas quem quiser escrever continuações dos meus posts, ou até textos próprios pra eu postar aqui, só mandar pro e-mail pequenaori@hotmail.com

Embalada por Bazar Pamplona - Era dela. (O sorriso que ela abria era a coisa mais bela. As canções eram dela pra ela cantar, e o mundo se espremia pra ver ela na janela. As minhas palavras eram dela.)
*sonhandocomalguémcantandoissopramim

domingo, 11 de julho de 2010

11/07

Fecho o olho. Persigo uma gota d'água. Ela sai da nuvem, entra em uma decida brusca sem para quedas, e aterrisa intensamente em algum lugar. Lá, ela espera o tempo que for para evaporar e retornar a nuvem.

Minha metáfora é que somos representados pela gota d'água. A nuvem é aquele lugar, aquela pessoa, aquele tempo que tudo estava perfeito. A queda é aquele momento que você vê o seu mundo desmoronar. E por final o baque é o momento que você crê que nada mais tem sentido, e você apenas espera sumir, até que evapora.

Terá sempre o vento pra prolongar a sua queda e sempre terá algo que o incentivará a evaporar rápido. Mas quando você "evapora", tem sempre a nuvem pra te acolher.

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EDITADO

Feliz um ano de blog. Iupi o/

quinta-feira, 8 de julho de 2010

08/07

Nunca fui muito fã de certas músicas, mas sempre respeitei por que sempre tem alguma pessoa no mundo que gosta delas, e se o objetivo principal de uma música é nos entreter, por que marginalizar certos estilos de música, certo?

E uma outra teoria minha é que em todos os estilos de música vai ter pelo menos uma música que vá me agradar.

Mas isso não é o que eu queria falar.

Eu queria falar na verdade de uma crítica. Ou melhor, eu queria criticar uma crítica.

Tem músicas que quando ouvimos é como se fosse a melhor coisa do mundo, nos alegrando, nos lembrando de situações boas, ou até mesmo ruins. Mas você é você, e eu sou eu. O que te faz pensar que colocar aviões do forró no máximo do volume do lado da minha casa vai alegrar a alguém que não seja você? Ainda mais num domingo, dia gostoso de descansar, de ficar em casa, de se curtir comendo uma bela e gordurosa pizza.

E você que fica no onibus com o celular tocando música da sua religião no topo do volume? Não pensa que pode ter um ateu no onibus? E que ele não vai se ligar a letra da música que você acha linda? Que ele só vai ficar imaginando uma cena deliciosa dele pegando o seu celular e tacando janela a fora?

E o mais importante, o que faz você seu trouxa, pensar que por que você gosta de um estilo de música todo mundo tem que gostar? Tem agora os coloridos que gostam de um certo estilo, que pra mim é tão estranho quanto meu vizinho que ouve aviões do forró, mas nem por isso eu espanco, xingo, brigo, aterrorizo por causa disso. As vezes até brinco, fico dançando o forró estranho aqui em casa, uma das coisas que faz minha mãe rir.

Então, por que você seu trouxa que reclama tanto do pirralho sem noção que coloca o funk dele no último volume não compra um fone pra você, liga no seu celular/mp4 e sinta-se feliz com a sua música preferida? Ou se você é mais radical, por que não compra um daqueles fones de 1 real e começa a distribuir pelos onibus a fora?

Seja feliz. Tenha paciência com quem ouve estilos estranhos, procure uma semelhança entre vocês, para de ser egoísta, curta a diferença e descubra coisas novas. Seja eclético. E para de me encher o saco!

Continuação do texto "02/07"

Como eu sempre fui péssima pra terminar textos, um amigo meu acabou escrevendo esse "final" do texto daqui de baixo...e ficou legal o/. Taí:

Chegou o grande dia, para ele um dos dias mais importantes de sua vida: O dia de conquistar a mulher de sua vida. A ansiedade lhe consumia por dentro, ele suava, estava nervoso e tremulo, com medo de errar, falhar ou de por um acaso ser grosseiro.
Ficou com uma grande dúvida na hora de se vestir. Estava com medo de se arrumar de mais e ela ir simples e bem a vontade, ou do contrário acontecer.
Vestiu umas 10 combinações de roupas diferentes e decidiu ir com uma simples calça jeans e uma blusa social, para não parecer tão sério e nem tão simples.
Se perfumou pouco para ela não se incomodar com o perfume. Chegando ao local combinado, ela se atrasou um pouco e milhões de coisas nesses pequenos dez minutos que se passaram,passou na cabeça dele. "Será que ela desistiu? Será que ela ficou com medo de mim? Será que ela não vem?". Já desesperado olhando de um lado para o outro, como um leve suspiro em seu ouvido ele ouve aquela mesma voz que lhe cativou dentro daquele trem.

-Oi

Em uma velocidade incrível ele olha para atrás para procurar ela, e com um lindo sorriso ela já o observava há alguns minutos, acompanhando a ansiedade dele.

-Oii - ele diz - Você está linda! - um simples elogio que arrancou do rosto dela um lindo sorriso.

-Obrigada

Ele meio que sem jeito observa ela com cuidado para não parecer grosseiro, e vê que ela vestia um lindo vestido até os joelhos que mostravam o quanto ela era simples e maravilhosa. Os dois caminhavam em direçao ao cinema calados e tímidos, como duas crianças. Chegando lá uma das piores dúvidas ficou na cabeça dele: "Qual filme escolher?" Ele pensou de imediato em assistir um filme mais romântico achando mais adequado a ocasião. Depois de um silêncio desde o encontro na praça, ela diz:

- Vamos assistir qual?

- Não sei, pode escolher. - "Tudo menos terror",ele estava pensando sem parar, pois ele sentia um certo medo.

- Humm então eu gostaria de assistir esse aqui. - ela apontou justamenta para um cartaz de filme de terror.

Ele prontamente aceitou como se fosse super normal para ele. Durante o filme, quando foi chegando na hora do suspense, o coração dela começou a gelar e o medo tomou conta de todo o seu corpo. Ele vendo isso apenas segurou a mão dela para não querer ser abusado. E cada momento que passa ela vai ficando mais assustada, e apertando a mão dele mais forte, e mais forte. Ele também segura a mão dela com firmeza e suavemente coloca a sua mão sobre o ombro dela e a abraça para mostra-lá que este era o abraço mais confortável e seguro que ela poderia encontrar em sua vida.